sábado, 1 de outubro de 2016

Ser Umbandista, Cobrar ou não? Quem está certo?


Existem pessoas que vão para a umbanda pela dor (meu caso) ou por amor, por vontade de seguir uma religião que não segrega ninguém independente de raça, opção sexual, cor, deficiência física e mental e por ai vai....
Outros pensam que as entidades fazem milagres, que podem arrumar emprego, namorado, dinheiro e uma vida tranquila como um mar de rosas, apenas precisa ir ao terreiro, vestir seus paramentos, dançar, cantar e incorporar dando conselhos aos outros, que muitas, e muitas vezes não praticam o que foi aconselhado à assistência.
Ledo engano amigos, a Umbanda está aí, para ser trabalhada por pessoas que muitas vezes esquecem seus problemas particulares e de difícil solução para, por algum momento emprestar seu corpo físico a uma entidade e aconselhar e orientar os consulentes que os procuram.
Umbanda é uma religião séria para gente séria.
Mas se você gosta de ajudar ao próximo, sentir-se útil fazendo a diferença neste mundo que vivemos, procurando ajudar sem pensar em fazer da Umbanda moeda de troca, você certamente será um grande colaborador nesta magnífica religião do bem.
A espiritualidade está presente em todas as religiões, desde os muçulmanos até aos evangélicos que nos abominam; toda religião voltada para o bem é certamente correta, vivemos em um país LAICO, onde todos podem professar sua fé, acontece que as pessoas tendem a crer que só ela está no caminho certo, e o preconceito, a falta de informação, é o estopim paras as barbaridades que vemos por aí, evangélicos depredando terreiros, católicos nos ignorando, kardecistas achando que somos baixo espiritismo, e eles a elite, e por aí vai....
Muitos “pais de santo” fazem do sacerdócio uma profissão, do terreiro uma empresa comercial, deveriam dar o exemplo trabalhando não explorando os mais crédulos, é claro que em um terreiro existe despesas fixas, com materiais de uso comum como velas, incenso, charutos, papel higiênico  etc....que devem ser rateados entre os colaboradores da casa.
Em um “trabalho” também existe materiais de uso que devem ser adquiridos pela pessoa a quem será feito o “trabalho”como velas, frutas, etc...
Toda casa seja qual for, existe despesas fixas como aluguel, água luz, IPTU, telefone e despesas variadas como materiais de limpeza, deve sim haver cobrança do chamado “ chão” a mão de obra da casa, mas com valores acessíveis a quem possa pagar e gratuito a quem realmente não possa.
Conheço pai de santo que cobra US$ 40.000,00 isso mesmo, dólares, para fazer um santo, de chão, outros cobram R$ 1500,00 para fazer um simples ebó, outros até R$ 10,00 para a pessoa tomar um “passe” consultar-se com um caboclo ou preto velho, R$ 150,00 uma consulta com Exu, é realmente um absurdo! Fizeram da religião um comercio da fé.
Realmente não pode ser assim, existem despesas sim, existe trabalho, existe mão de obra, deslocamento dos médiuns, alimentação de todos, mas não vamos fazer um comercio.
Alguns centros praticam os “cursos” como Iniciático de mediunidade, ervas, velas, pedras, magia das velas, do fogo, portais, pasmem, existe ainda uma faculdade de umbanda, cursos caros, alguns bons outros de conteúdo duvidoso, mas revertem um bom dinheiro, chegam ao absurdo que, para você frequentar a casa, deverá antes fazer um curso
Tudo fora da realidade,
Umbanda religião linda, gratuita, sem discriminação!
Saúde e paz
Babá Pedro de Odé